A cada 100 mil criciumenses, aproximadamente 60 estão infectados. Até abril foram registrados 2.500 casos,
Criciúma aparece em quarto lugar em Santa Catarina no índice de maior incidência de HIV/AIDS. O município fica atrás de Balneário Camboriú, Itajaí e Florianópolis. Santa Catarina é o segundo estado com os maiores índices de HIV/AIDS, em primeiro está o Rio Grande do Sul e terceiro Amazonas.
Em Criciúma, para cada 100 mil criciumenses, 60 estão infectados. A cidade contabiliza aproximadamente 2.500 casos, desses, 600 são de pessoas de moram em cidades vizinhas. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.
Conforme a coordenadora do Programa de Atenção Municipal as DSTs/HIV/Aids de Criciúma (PAMDHA), Fabiana Bardini, o Ministério da Saúde intensificou os trabalhos nestes estados para tentar reduzir os casos.
Além do Ministério, Criciúma conta com apoio do Estado para rever estratégias de ações e estabilizar as doenças. “Muitas vezes a população banaliza a doença porque tem tratamento, mas conviver com a HIV/AIDS é complexo”, destaca.
Segundo Fabiana, tem que haver responsabilidade do serviço, com campanhas e atividade, e da comunidade. “Em Criciúma, o Teste Rápido (que identifica o HIV/Aids) está disponível em 92% das Unidades Básicas de Saúde. E o PAMDHA funciona das 7h às 19h para facilitar o acesso dos pacientes. Mas é importante que a população esteja consciente dos seus cuidados. O uso do preservativo principalmente”, enfatiza.
De acordo com dados do PAMDHA, até abril de 2015 foram registrados 36 casos de crianças expostas (quando a mãe do bebê é portadora de HIV/Aids), destes 10 são de cidades vizinhas. Com casos das doenças já confirmados, estão em acompanhamento 11 crianças, seis de outros municípios. Oito gestantes também estão em tratamento.
“A profilaxia é muito importante. Quando a mãe é soropositiva, os exames devem se feitos no pré-natal, durante a gestação, no parto e até o bebê completar um ano e seis meses. Se o HIV/Aids não se manifestar, a criança recebe alta”, explica a farmacêutica do PAMDHA Graziela Marques de Oliveira.
No início de julho, Cuba anunciou que conseguiu erradicar a transmissão entre mãe e filhos. Porém Fabiana, acredita que no Brasil a situação é um pouco mais complicada. “Cuba tem toda uma logística para a saúde e isso facilita a conseguirem esses indicadores. Às vezes as gestantes chegam já tarde para fazer o tratamento, com seis ou sete meses”, conclui.
Portal Satc
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