Grupo iniciou seu trabalho dando apoio a pessoas que possuíam HIV
O Grupo de Apoio e Prevenção a AIDS de Criciúma (Gapac) completou 29 anos na última quarta-feira, dia 12, valorizando a vida, acreditando na inclusão, diversidade e respeito. O grupo iniciou seu trabalho dando apoio a pessoas que possuíam HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e também para seus familiares. O Gapac presta atendimentos de segunda a sexta-feira das 14 às 17 horas.
A organização não governamental e sem fins lucrativos expandiu seu nicho de suporte. Antes ajudando somente pessoas com HIV e seus familiares, agora também fornece apoio a profissionais do sexo, pessoas em situação de rua e a comunidade LGBTQIAPN+. Para a assistente social e coordenadora do grupo, Anne Schmtz, a mudança contribui para a melhor compreensão e acolhimento de pessoas à sociedade.
“Entendemos que todas as causas estão interligadas, e para termos uma sociedade justa a favor da diversidade da inclusão a junção era necessária. Precisamos ser antirracistas, antimachismo e combater a LGBTfobia. Precisamos que as pessoas tenham dignidade menstrual, a pobreza menstrual é uma das principais linhas de frente do Gapac”, comentou a coordenadora. Atualmente o Grupo atende mais de 340 pessoas em situação de pobreza menstrual com o apoio de kits de higiene, absorventes e sabonetes.
Além disso, mais de 30 famílias em total vulnerabilidade social com fragilidades econômicas e estruturais vem sendo atendidas pelo Gapac, que além de dar suporte ao público ainda encaminha para outras instituições especializadas pelo município a cada área de suporte necessária. “No Gapac não temos cadastro, qualquer pessoa que chegue lá já é acolhida e então encaminhada para outros setores. Estamos trabalhando para uma sociedade mais justa, temos muitas conquistas ao decorrer desses 29 anos de grupo, mas ainda temos muito o que fazer”, explicou Anne.
Em Criciúma e região, somente o Gapac auxilia de forma direta a pobreza menstrual. De acordo com Anne, uma das conquistas mais marcantes para o grupo foi o início da distribuição de fórmula infantil para mães portadoras de HIV que não podem amamentar seus filhos no peito. “O Gapac fornecia o leite para todas as gestantes da região de Criciúma e então conseguiu que se tornasse uma política pública”, destacou.
Para contribuir com doações de kits de higiene, sabonetes e absorventes, o Gapac tem seu atendimento presencial de segunda a sexta-feira das 14 às 17 horas, na rua Anita Garibaldi, número 386, Centro de Criciúma. Mais informações pelo número de telefone (48) 999615081.
Fonte: Por Louise Müller Engeplus
